No modo absoluto para filósofos tradicionais, o essencial é a
busca da verdade das coisas, pois existe uma verdade absoluto universal, na
qual todos os homens estão naturalmente submetidos, assim como um direito
natural, uma lei natural, que os homens não podem infringir.
Górgias, um dos maiores oradores da antiguidade, foi responsável
pela expressão de máximo ceticismo do relativismo Pitagórico, formulada em três
teses básicas: "nada existe, se existisse não poderia ser conhecido, se
fosse conhecido não poderia ser comunicado", que o levou à conclusão de
que os filósofos cosmológicos produziram teses tão contraditórias em relação à
existência do ser que acabaram afirmando o contrário, ou seja, a existência do
não-ser, isto é, do nada. Sendo assim, segundo ele, não existe um conhecimento
certo das coisas. Ele se preocupou apenas em mostrar o poder da palavra, não
como expressão da verdade, mas como força de persuasão, pois, para ele, um bom
orador é aquele capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa.
Logo, quebrando o tradicionalismo e o caráter absoluto das coisas,
os sofistas estabeleceram a relativização da verdade. E, distanciando-se de
tais coisas, conceitos absolutos, passaram a difundir seus conhecimentos
retóricos preparando os jovens, dinamizando seus auditórios, fornecendo
instrumentos oratórios para o cuidado das próprias causas e fornecendo técnicas
aos que pretendiam alcançar funções públicas notáveis.
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